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sábado, abril 26, 2008

GABICONTA: DE SÍMBOLO DA DESTRUIÇÃO A SÍMBOLO DA RECONSTRUÇÃO

Aqui neste prédio, contam os moradores da cidade do Kuito, foram travados os mais renhidos confrontos entre as forças governamentais que impediam a queda da cidade às mãos da rebelião e esta. Foram duros os dias mais quentes da guerra pós-eleitoral, felizmente terminada.

O edifício que está situado na Rua Joaquim Kapango, a principal do Kuito, foi até ao início da sua reconstrução o símbolo da força destruidora da guerra na capital biena e no país, depois das eleições de 1992.

À frente nota-se ainda o Igreja católica do Kuito também ela totalmente destruída e a aguardar por dias melhores.

A imagem mostra tão somente o esforço do governo em desfazer-se das marcas da guerra e legar para a História todos os acontecimentos tristes.
Exemplos como este há muitos pelo país.


Luciano Canhanga

2 comentários:

Soberano Kanyanga disse...

... Na Avenida Principal, o edifício Gabiconta, o mais alto da cidade, com seis andares, mantém-se de pé como símbolo-vivo de resistência. É o avesso de um cartão-postal: eterniza o horror em vez do belo. Não fossem as roupas pobres penduradas nos varais e um ou outro morador que lá do alto lança o olhar perdido para a rua, ninguém imaginaria que há vida entre os escombros desse prédio que seis anos atrás foi o alvo preferencial dos obuses da Unita.
Acima de tudo, os nove meses do cerco de 1993 estão preservados nas imagens impressas para sempre na retina dos sobreviventes. “Aqui, ficávamos nós, a atirar. Do lado de lá da rua, ficava a Unita, a atirar”, conta o professor Angélico Kamonakongo, debruçado no que um dia foi a varanda do apartamento onde ainda mora, no terceiro andar do edifício Gabiconta.
Na época da guerra, a Avenida Principal dividia a cidade em duas. Do lado esquerdo, a Unita. Do lado direito, o MPLA e a população civil, que defendia Kuito com os fuzis distribuídos pelo governo. Os obuses, disparados a 30 km de distância, desequilibravam a guerra a favor da Unita. “Teve um que caiu no segundo andar e matou 32 pessoas de uma vez”, lembra Angélico...

Extracto de um texto de José de Rezende Jr.

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