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sexta-feira, fevereiro 26, 2010

A VERDADEIRA LEITURA DUM DISCURSO POLÍTICO É DE BAIXO A CIMA*

A metamorfose das promessas dos políticos pode ser seguida neste texto, se lido de cima a baixo e de baixo para cima.

O nosso partido cumpre o que promete.

Só os tolos podem crer que

não lutaremos contra a corrupção.

Porque, se há algo certo para nós, é que

a honestidade e a transparência são fundamentais.

para alcançar os nossos ideais

Mostraremos que é uma grande estupidez crer que

as máfias continuarão no governo, como sempre.

Asseguramos sem dúvida que

a justiça social será o alvo da nossa acção.

Apesar disso, há idiotas que imaginam que

se possa governar com as manchas da velha política.

Quando assumirmos o poder,faremos tudo para que

se termine com os marajás e as negociatas.

Não permitiremos de nenhum modo que

as nossas crianças morram de fome.

Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que

os recursos económicos do país se esgotem.

Exerceremos o poder até que

Compreendam que

Somos a nova política.

*Autor incógnito. O texto circula na net.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

HEADLINES

ANDEBOL
As andebolistas angolanas mostraram no Egipto que a mulher já não anda atrás do homem, mas sim ao lado e em igualdade de circunstâncias. Isso mesmo: ao lado. Os basquetebolistas conquistaram no ano passado o décimo título africano e as andebolistas fizeram o mesmo. Homens e mulheres estão empatados, naquilo em que mais estão bem dotados: o basquetebol sénior masculino e o andebol sénior feminino. As senhoras são recebidas hoje, à tarde, festivamente em Luanda.

GIRABOLA
Começou na sexta-feira última, 19/02/2010. O Libolo empatou com o ASA (0-0), o Petro perdeu frente ao D'Agosto, que está com uma grande cilindrada, (0-1) e dos novatos apenas  o Sagrada venceu. O Inter, que também já foi campeão foi a Cabinda derrotar o Futebol Clube local por 2-1. A segunda jornada trará um outro realinhamento à classificação liderada pelo Sagrada, Inter, D'Agosto, Kabuscorp, Benfica de Luanda e Académica do Soyo, todos com três pontos.

LIGA SAGRES
No campeonato luso, o Porto "trucidou" o Braga (5-1) e colocou o rival Benfica na primeira posição, com mais um ponto do que os bracarenses e seis do que os portistas. estão ainda trinta pontos em disputa.

COMPRA & VENDA
A notícia carece ainda de conformação oficial, mas circula pela porta pequena que um conglomerado de média angolano, sedeado no Talatona, em Luanda, terá comprado uma empresa jornalística com nome semelhante. Entre o nome da empresa compradora e o nome da empresa comprada a diferença está apenas na língua em que os títulos/nomes estão escritos... Alguém confirma?

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

NÃO HOUVE GUERRA CIVIL EM MOÇAMBIQUE

Palavras do nacionalista moçambicano, Marcelino dos Santos, em entrevista à TVZimbo.
Para o histórico da FRELIMO, a guerra em Moçambique terminou numa espécie de “empate técnico”, dado que a FRELIMO, no poder desde 1975, estava sem como derrotar militarmente a Renamo (guerrilha) e esta igualmente sem meios para chegar ao poder através das armas. “Apesar da intransigência do aparthaid em não enveredar pela via diplomática, os americanos tiveram que convencê-los a tentar o poder pela via das eleições que entretanto nunca ganharam”, 18 anos depois.

Marcelino do Santos, que continua a sonhar com o triunfo do socialismo, disse também, na entrevista conduzida por Amílcar Xavier, que no seu país nunca houve guerra civil. “O que houve foi uma guerra de um Estado Independente contra o Instrumento do Aparthaid, a Renamo criada por Ian Smith da Rodésia do Sul, que visava somente desestabilizar o país" e impedir a via do Socialismo.

Atendendo que Angola e Moçambique tiveram o mesmo percurso de luta de libertação, viveram os efeitos de uma mesma orientação política e conjuntura interna e internacional (Guerra Fria, ingerências externas, invasões sul-africanas e apoio deste país aos grupos armados internos), que diríamos em relação a Angola?

_ Também não houve guerra civil...

Soberno Canhanga

sábado, fevereiro 13, 2010

DE OLHO NA ENGRENAGEM 3

Reflito hoje sobre o poder da electricidade para o desenvolvimento industrial e para a redução dos custos de produção de bens de consumo. É sabido que electrificar o país representa um custo elevado, mas é assumidamente uma imperiosa necessidade. Também é ponto assente que temos recursos hídricos em abundância. Falta mesmo é, dentre as várias prioridades e poucas possibilidades, encontrar coragem para eleger este desafio indispensável ao desenvolvimento do país que não se deve “fazer à escuridão”.

Quem passeia hoje pelos arredores de Luanda a caminho do Bengo vê e com satisfação muitas unidades de produção de tijolos e outros meios de construção. Um passo de encorajar. Porém assiste-se também e com admiração, que o tijolo ainda não substitui o tradicional bloco de areia e cimento, tido como elemento encarecedor da matéria-prima (cimento) que ainda não temos em abundância. Pois é: o problema reside na carência e carestia da electricidade.

A trabalhar com geradores a diesel, que exigem elevados custos de manutenção, combustíveis e lubrificantes, nunca o tijolo e as telhas terão o preço médio esperado pelos angolanos e daí que entre a compra de produtos cerâmicos e a aquisição de blocos a preferência vá, em muitos casos, para o bloco feito de cimento. Conseqüências: construções cada vez mais caras, a começar pelo cimento, cal, mosaico e azulejo, etc.

Se extrapolarmos o poder da energia sobre as demais engrenagens, encontraremos as respostas do porquê da carestia dos bens e serviços produzidos no país em detrimento de outros importados, ou mesmo do porquê que muitos empresários preferem investir no comércio ao invés da indústria. É preciso produzir energia eléctrica em abundância para que a vontade dos que têm dinheiro pra investir se torne em realidade que accionará a engrenagem.

Notícias sobre a reabilitação do Ngove e Mabubas, remodelação e ampliação do Lomaum e Matala e sobre a criação de pequenas mini-hídricas como as anunciadas para o Maquela, Andulo e outras localidades são soluções duradouras que devem ser multiplicadas por todo o país. Aí onde houver água em quantidade e de forma ininterrupta durante o ano e, se esta puder gerar electricidade, que se junte ao útil o agradável. Por outro lado é importante que a implantação destas bem-feitorias seja acompanhada de estudos sobre o crescimento populacional e industrial das regiões e localidades, para que as nossas alegrias não se tornem efêmeras.

Sendo “objectivo do Governo angolano a eliminação da fome e da pobreza extrema nos próximos anos”, segundo o Ministro Manuel N. Júnior, aquando da apresentação do OGE para 2010, é importante que se encontrem fórmulas para baixar os custos de produção industrial para que o produto final chegue barato aos que detêm menor poder de compra. Só assim o pobre será menos pobre.


* lcanhanga@hotmail.com

Publicado pelo Semanário Económico de 05/02/2020

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

GOVERNO DA TERCEIRA REPÚBLICA DEVE MARCAR "NOVO COMEÇO"

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, concedeu posse, hoje 08.02.2010, ao Novo Governo nomeado em função da entrada em vigor da Constituição Angolana.

No seu discurso aos ora empossados, o presidente mostrou alguima convicção em dar um "Basta" aos descaminhos de dinheiro público por parte de governantes. Como quem dá um murro na mesa, JES disse por outras palavras que "basta de gamanços e é chegada a hora de olhar para o povo". De outra forma, o presidente, que é agora o responsável directo pela governação, não terá como "moralizar" o Governo e buscar a simpatia do povo para a sua eleição dentro de dois anos. E foi assim que o Presidente reafirmou a "Tolerância Zero" ou também a caça àqueles que "querem fazer do erário público a sua fonte de enriquecimento ilícito".

Eduardo dos Santos referiu-se à "PROBIDADE" e anunciou "Um Novo Ponto de Partida com Novos Métodos de Trabalho e Uma Nova Disciplina", parecendo também estar determinado em ver os larápios da coisa pública cercados de gradeamentos prisionais, pois disse no seu discurso que "A responsabilização por graves danos cometidos no passado será tratada pelas autoridades competentes"

"Estabelecer uma data de corte, marcar um novo ponto de partida e um novo perfil do servidor público adequado as tarfeas e funções" foram também palavras de Eduardo dos Santos que pediu igualmente "Moralidade, imparcialidade e honestidade" dos Novos Governantes.

O Novo Governo é composto de trinta ministros, dezanove Secretários de Estado, trinta e quatro Vice-Ministros e secretário do Conselho de Ministros, para além do Presidente e Vice-Presidente da República, Fernando da Piedade dos Santos "Nandó", também hoje empossado.

sábado, fevereiro 06, 2010

HOMENAGEM AO LIF: O "CAGADO DO PAPÁ"

Esta foto foi tirada no dia 11.01.10, aquando da minha estada em Luanda, e serviria para mostrar o meu amor pelo novo inquilino (bicho de estimação) baptizado com o nome de LIF (Luciano, Irlanda e Filhos). Pensava assim enquadrá-lo na família humana e sentir-se bem-tratado. Infelizmente, o LIF morreu (no dia 15.01.10) de causa desconhecida.

O LIF (cágado) que a minha filha Cesa chamava carinhosamente  por  "CAGADO DO PAPÁ"  foi adquerido em virtude dela ser alérgica a pêlos de animas, nomeadamente cães.

Sem cão e sem o cágado  e com a Cesa já crescidinha, será substituído, cedo ou tarde. Enquanto isso, mantenho o meu amor por cães e um dia ainda terei um, só para mim, para me acompanhar no caminho do mato que me lavará à lavra e na perseguição às corsas e pacas... O dia chegará".

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

JES ANUNCIA ELEIÇÕES GERAIS PARA 2012

O Presidente de Angola promulgou hoje, 05.02.2010, a Constituição da Rapública. Eduardo dos Santos disse "estarem reunidas as condições para que, com base na Constituição que põe fim a um período de transição, se realizarem as eleições gerais em 2012.

Para Eduardo dos Santos, "À luz dos conceitos e princípios, (da Constituição) temos agora de promover reformas na administração central e local do Estado, na administração fiscal, no sistema fiscal e na justiça fiscal como meios para reforçar a capacidade institucional do país".

O presidente disse também que o "Estado vai continuar a criar condições para que a imprensa seja cada vez mais forte, isenta, plural, responsável e independente, dando expressão a realidade multicultural do país e contribuindo para a unidade da nação e incentivando o surgimento e desenvolvimento da iniciativa privada nacional nos diferentes dominios da comunicação social"...

Para a próxima corrida eleitoral (em voto único para a escolha do presidente e do parlamento), JES será cabeça de lista do seu partido, o MPLA, secundado por Fernando da Piedade- Nandó- como candidato a Vice-Presidente.

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

OPERADORA MÓVEL VENDE BANHA DE COBRA

A operadora angolana de telefonia móvel do "próximo mais próximo" está a uma semana a fazer o oposto da sua máquina propagandista.

Muitas províncias, incluindo a Lunda Sul, estão sem sinal de rede, "distanciando", para muito longe, os nossos próximos e os nossos negócios.

_ Por ventura ela, a operadora cuja sócia maioritária é a primogénita do presidente angolano, Eduardo dos Santos, tem noção dos prejuízos que nos está a causar?
É isso o que se chama de "vendedora de banha de cobra".

terça-feira, fevereiro 02, 2010

JES NOMEIA NOVO GOVERNO PARA ANGOLA

Mesmo com a "questão Constituição" ainda por arrumar (falta a correcção de dois aspectos citados pelo Tribunal Constitucional e ractificação pelo PR), José Eduardo dos Santos acabou por fazer remodelações profundas no Executivo, adaptando-o à Nova Carta Magna aprovada pelo Parlamento.

Uma nota lida às 21h30 na Rádio Nacional indica que o Presidente da República, JES, ouvido o Bureau Político do MPLA, nomeou Fernando da Piedade Dias dos Santos "Nandó", actual presidente do Parlamento para Vice-presidente da República ao passo que o actual Primeiro-Ministro, Paulo Cassoma, vai ocupar a vaga que Nandó deixa no Parlamento.

No Executivo houve várias mudanças, fusões, inovações e também continuidades. Na educação, Burity da Silva é substituído por Mpinda Simão. Carlos Feijó é indicado para Ministro da Casa Civil do Presidente dá República, Carolina Cerqueira substitui Manuel Rebelais na Comunicação Social e Kuata Kanawa é agora Ministro para os assuntos parlamentares. Kundi Paihama deixa a defesa onde é substituido por Cândido Van-Dúnem e é agora o titular dos Antigos Combatentes e Veterenos da Pátria.

A indústria foi casada com Geologia e  Minas que ficam sob tutela de Joaquim David, passando Makenda Ambroise a Secretário de Estado.  

Aguentaram-se nos postos: Pitra Neto no MAPESS, Helder Vieira Dias Kopelipa na Casa Militar,  José Van-Dúnem na Saúde, Gonçalves Muandumba na Juventude e Desportos, Genoveva Lino na Família e Promoção da Mulher, João Baptista Kussumua na Assistência e Reinserção Social, José da Rocha nas Telecomunicações e tecnologias de Informação, Augusto Tomás nos Transportes,  Fátima Jardim no Ambiente, Gulhermina Prata na Justiça, Assunção dos Anjos nas Relações Exteriores, Rosa Cruz e Silva na Cultura e Emanuela Vieira Lopes na Energia e Água.

Maria Cândida Teixeira é agora Ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia ao passo que Idalina Valente rege agora o Comércio e Turismo com Pedro Mutindi como secretário de Estado do Turismo.

O Ministério do Interior continua com Leal Monteiro Ngongo, Bornito de Sousa substitui Fontes Pereira na Administração do Território, ao passo que Ana Dias Lourenço continua no Planeamento. Manuel Júnior é agora Ministro da Coordenação Económica ao paso que as Finanças ficam sob tutela de Carlos Lopes.

A Agricultura casa com as Pescas e são coordenadas por Pedro Kanga, mantendo-se nos Petróleos Botelho de Vasconcelos. O Urbanismo fica aglutinado com a Construção e ficam "nas mãos" de José Ferreira.  Bento Bembe conserva a pasta de Secretário de Estado para os Direitos Humanos com equivalência ministerial em termos de reportabilidade.

No total, o novo Executivo tem 30 Ministros, 52 Secretários de Estado e Vice-Ministros, para além do Presidente e do Vice-Presidente, algo que contrasta com o anúncio prévio de JES segundo o qual "o Governo a nomear seria mais enxuto".

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

DE VOLTA A ANGOLA DEPOIS DO CAN

DEPOIS DO VOO O POISO. Terminou a "cegueira" provocada pela euforia do CAN que organizamos. Vivemos durante 21 dias num país diferente e muito maravilhoso, com "novos" aeroportos, novas centralidades, extra-ordinária organização e outras excentricidades, apenas nossas. Os visitantes partem hoje para os seus destinos, deixando-nos com as nossas "makas" de sempre.

Como quem dormiu ébrio e acordou sério e cônscio dos problemas de cuja solução apenas adiou, voltamos às culpas de quem não se precaveu o suficiente para que o CAN fosse disputado por 16 equipas... 

Voltamos aos nomes dos que andam/andaram a roubar o dinheiro que a todos pertence e que andam por aí a viver a grande e à francesa, sem que alguém os veja na Kionga.
Voltamos ao Projecto de Constituição que aguarda ainda pelo parecer do Tribunal Constitucional e consequente assinatura do Presidente da República.

Voltamos aos habituais "mujimbos" sobre quem entra e quem sai do Novo Governo, prometido enxuto pelo Presidente da República, e que será nomeado, já, já, depois de arrumado o assunto Constituição.

Voltamos aos "langas" e outros expatriados que sugam as nossas riquezas... Voltaremos a falar de outras operações "cancer" necessárias para mandar embora aqueles que nos "fazem mal".

Voltamos a debicar ideias, umas de nossas próprias cabeças e outras sob encomenda, sobre as nossas estradas, os nossos carros, as nossas chuvas e os seus efeitos num país grande e assimétrico, e etc., e voltamos também ao Nosso Girabola.

Depois da "bebedeira" que por uns dias nos fez viver num país de outra galáxia, voltamos ao "nosso nós" e Fevereiro será um mês rico em assuntos novos e outros retomados do mês e ano findos.

Cá estamos depois do CAN.