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terça-feira, março 30, 2010

DE OLHO NA ENGRENAGEM (5)

Passei por Catumbela. Os bosques de eucaliptos dispostos ao longo da ferrovia que liga o litoral ao Luau estão quase desertos. Os madeireiros fazem razias no corte desenfreado e ninguém pensou ainda no replantio de novos eucaliptos para, na eventualidade de se recuperar a fábrica de celuloses, haver matéria-prima juvenil (apenas eucaliptos com até 10 anos servem para o fabrico de pasta de papel). O governo de Benguela proibiu o corte mas várias vozes se levantam em constestação, alegando o carácter predatorial dos eucaliptos em relação à fauna e flora nativas.

De regresso a Luanda, decidi viajar pelas antigas indústrias cuja fama, no meu tempo de menino, fazia "eco escolar", e fui à Mabor General: de fábrica de pneus passou a parque de estacionamento de viaturas particulares, tudo para encontrar alguma mamneira de compensar financeiramente os seus trabalhadores há décadas sem salários, devido à falência do antigo gigante da nossa indústria.

As TEXTANG’s (1 e 2), nomeadamente à Boavista e ao Kikolo, estão também há décadas paralizadas e transformadas em armazéns. Há notícias de que correm a bom ritmo o cultivos de algodão no Kuanza Sul. Qual será o destino desta matéria prima com a África Téxtil inoperante, a Satec às moscas e os textang’s transformadas em armazéns grossistas?

Kuito e Keve são nomes que aos miúdos de hojea remetem apenas à geografia do país. Num tempo não muito distante Kuito foi também o nome da fábrica de montagem de autocarros e Keve se reportava igualmente à marca dos autocarros Scania montados em Luanda, à estrada da petrangol, junto a TUDOR, fábrica de bateriais que também faliu.

SUCANOR era um complemento à indústria metalúrgica. A sucanor era a empresa de recolha de sucatas do norte e ajudava na limpesa das ruas de Luanda de ferro velho, num altura em que até chegavam poucos carros ao país. A Sucanor desapareceu do mapa industrial e a siderúrgica nacional perdeu, com isso, uma fonte de matéria-prima que com a estagnação de Cassinga passou a importar material ferroso.

Bolama e Combal eram fábricas de biscoitos e reboçados. A primeira ficava ao sambizanga junto à estrada da Cuca. Era o principal local das visitas guidadas dos “pioneiros” em tempo de férias escolartes. A Combal passou de fábrica de bolachas à fábrica de colchões de espuma. Fica na área do Grafanil.

Condel para uns era apenas o término do autocarro 34 com partida no largo do “Baleizão”. Para os industriais era uma importante engrenagem que se dedicava ao fabrico de cabos e outros materiais eléctricos. Fica(va) na zona industrial do Cazenga e pela aus6encia da sua produção no mercado também receio que terá conhecido o destino de outras tanteas engrenagens: a sua transformação em armazéns de produtos importados. Aliás é também este o destino que se deu à fábrica de CURTUMES, de que apenas nos resta o nome atribuído ao bairro que nasceu à sua volta, à Makanda que produzia calçados e à IFA (indústria fosforeira de Angola) todas elas na zona do Cazenga.

No Libolo, para onde me dirigi em descanso, questionei aos adolescentes deste tempo se sabiam onde ficavam as empresas Libolo I, II e III que se dedicavam à exploração de grandes cafezais... Apenas colhi silêncio... Nem mesmo do Kota Angelino tinham ouvido falar...

Publicado no Semanário Económico de 11.03.2010
* lcanhanga@hotmail.com

sábado, março 27, 2010

COM O PÉ NA ESTRADA

Choveu em Luanda no dia 14.03.2010. Para além das quatorze mortes anunciadas e das destruições e obstruções, as consequências mais visíveis têm sido os congestionamentos e as marchas. Por que será?

A construção de vias estruturantes na capitaldesde 2007 trouxe aluguma fluidez ao transito automóvel em vias como a da Samba, Pedro de Castro Loy, Ngola Kiluanje (até à cervejeira Cuca), Benfica-Viana-Cacuaco, Praia do Bispo, entre outros trechos. Porém, muito há ainda por fazer, pois a precariedade da drenagem de muitas estradas (novas e velhas) e a falta de manutenção podem levar ao desmoronamento do “império em construção”.

Se tivermos que reflectir sobre o serviço de transporte público e a circulação automóvel em Luanda há, dentre vários factores a ter em conta alguns se tornam importante reter:

1- O Governo Central fez avultados investimentos em termos de aquisição de autocarros para o serviço público de transporte de passageiros, cujas viaturas foram distribuídas à empresa pública TCUL e outras privadas, muitas criadas no calor do CAN.

2- Muitas rotas indicadas aos operadores deste serviço de transporte público têm as estradas muito degradadas o que acelera a obsolesc6encia dos meios e o baixo rendimento dos mesmos.

3- A não conclusão, até agora, de muitas das obras em curso provoca grandes congestionamentos ao transito automóvel , consequentemente diminui a rentabilidade dos autocarros e o recurso à marcha.

4- Há em Luanda apenas uma via ferroviária e com um único sentido, o que o torna incapaz de atender a população de Viana ao longo do percurso.

5- Nas vias expresso já concluídas ou em fase conclusiva faltam portais de ligação às demais estradas em bom estado, faltando também a distribuição de transportes públicos pelo interior dos bairros.

6- Nota-se a ineficácia dos transportes públicos chegarem o mais próximo possível do utente pelas razões combinadas acimas descritas.

Em resumo: enquanto se mantiverem os constrangimentos conhecidos continuaremos a ver gente a andar a pé, autocarros vazios ou com um serviço de faz-de-contas, o aumento do número de viaturas particulares que em nada contribuem para o descongestionamento do transito e a ver por um binóculo a comodidade que há muito se apregoa nas nossas estradas.

Quanto ao transporte interprovincial e intermunicipal nas demais provincias, já está bom mas pode ser melhor se todas as estradass estiverem reparadas e se a manutenção das vias reparadas que automáticamente entraram em degradação for adequada e oportuna, o que infelizmente ainda não acontece.

Enquanto assim for, teremos que engolir por mais algum tempo frases como: os transtornos passam, os benefícios ficam!

Publicado no Semanário Económico de 18.03.2010
lcanhanga@hotmail.com

terça-feira, março 23, 2010

JUNTO AO TÚMULO DUM REI 10CONHECIDO

A foto foi tirada junto a duas sepulturas construídas de pedras, próprio dos povos que habitam o Kuanza-Sul, para eternizar a memória dos seus valentes soberanos.

Estes monumentos históricos encontram-se em quantidade na região da Quibala e sul do Libolo, mas o norte do Uako-Kungo também os possui, e foi, exactamente, a caminho da comuna da Sanga que encontrei, junto à picada, duas sepulturas feitas à base de pedras talhadas. Deduz-se que tenha havido por aquela área um potentado forte (chamados agora regedorias ou sobados gerais). A tradição dos povos da região manda que Rei e Rainha sejam sepultados  lado a outro. Aliás, assim também aconteceu com os meus avós Canhanga ou "Ñana Ñunji" (Senhor do Suporte/Sustentáculo)  e Maluvu Ndonga "Tembo".
Ao lado destes Reis que desconheço, eis-me para a merecida homenagem... Um dia voltarei ao local para buscar um pouco da sua História.

sexta-feira, março 19, 2010

CHUVA EM LUANDA FAZ QUATORZE MORTOS

Estão contabilizados até ao momento 14 mortos resultantes da última chuva sobre Luanda (14.03.2010), a que se juntam casas destruídas, muros desabados, deslizamento de terras, inundações, encharcamentos, etc. Outra das consequências visíveis por qualquer um: o recurso à marcha, os "engarrafamentos" e stress.

A título de exemplo: No dia 14.03.2010 fiz uma viagem de Luanda à Quibala (350km) em 4 horas. Dois dias depois, isso é, depois da chuva, fiz 35 Km em quatro horas, partindo de Viana ao Talatona.

Contribuem para tal, as vias em obras que não terminam, os buracos nas vias já reparadas, o elevado estado de degradação da maioria das ruas de Luanda, a falta de vias alternativas, a ausência de pontos de ligação entre as principais ruas que dividem os aglomerados, periurbanos e suburbanos de Luanda, etc...
E ainda surgem falácias como: "Os transtornos ficam os benefícios permanecem"...

Dá para acreditar?

terça-feira, março 16, 2010

DESENVOLVIMENTO E SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

Sábado, 13.03.2010. Partida em Luanda e destino uma aldeia interior da Sanga, passando pela EN120 que nos leva ao Huambo. O local é muito próximo de Kalussinga (Andulo), o que me permitiu ouvir notícias divertidas da Rádio Bié contadas em Umbundu.

A estrada está completamente asfaltada e também com novos buracos que já reclamam por uma manutenção oportuna. Os incidentes e acidentes estão sempre presentes em toda a extensão da rodovia  EN120 (perto de 400Km).

Desta vez decidi registar apenas os acidentes que mais chamaram à atenção, ou seja, aqueles que pela sua imprevisibilidade e "chocabilidade" tornaram-se dignos de reportagem fotográfica.

A casa verde que se vê no topo foi uma instalação da Junta de Estradas (no tempo colonial), usada depois pelos serviços de manutenção de estradas do MCH (Ministério da Construção e Habitação) e foi transformada agora em restaurante pelo antigo governante Higino Carneiro. O Local chama-se Bica d'água (pinga d'água no linguajar dos nativos) e fica entre as aldeias de Katoto e Pedra Escrita. A descida é de declive acentuado (10%) e tida historicamente como de grande perigosidade. O estacionamento no local para quem desce é dificil, senão mesmo impossível, e a falta de precaução dos automobilistas no local tem resultado  em muitas mortes.
Em baixo vemos várias viaturas acidentadas, duas delas (brancas basculantes) pertencentes a uma empresa de construção. Um camião carregado de ginguba (amendoim), feijão e outros produtos agrícolas tinha cidentado de véspera e para além de ter derramado óleo sobre o pavimento, o pisotear de outros carros sobre a ginguba e feijão fez provocou um lodaçal que deslizava sobre o asfalto também molhado pela chuva vespertina daquele dia. Resultado: outros acidentes em cadeia como o que a imagem regista.

No território do Wako-Kungo um outro "fantástico" registado na picada que liga a Aldeia 5 do Projecto Aldeia Nova à Comuna da Sanga.  O local fica entre 10 a 15 quilómetros de picada adentro, num ponteco precário o camião que a foto mostra acabou por "encalhar". Era tão estreita a passagem que a terra cedeu à passagem do VOLVO carregado de carvão vegetal. Resultado: ninguém mais pôde passar, a menos que fosse com muito jeito e arrojo (foi o meu caso com uma Hilux).

Um outro facto devia ter merecido a captação da correspondente imagem: a venda de "kupapatas" (motorizadas) em pleno interland. Facto curioso é que para além das 5 motorizadas expostas à beira da picada nenhum outro produto industrial ou agrícola estava à venda naquela aldeia do interior do Wako-Kungo, a caminho da comuna da Sanga.

De regresso a Luanda, bem próximo, ao quilómetro 30, dois ligeiros colidiram. Resulatdo: cinco mortos, um deles marido de minha sobrinha...    

sábado, março 13, 2010

O NJANDU E O SÉTIMO DIA

O primeiro é nome dum programa da VORGAN, aliás, da Rádio Despertar. O segundo é denominação de uma congregação adventista protestante (cristã) amplamente representada em Angola.

Têm em comum o facto de o primeiro estar no ár ao Sábado das 8 às 11 horas e o segundo o facto de realizar os seus cultos ao sábado, segundo recomenda o antigo testamento das escrituras sagradas.

Diz-se por aí que os membros da igreja têm levado telefones com auriculares para acompanharem o Njandu, deixando para segundo plano o culto sabatino e a pregação pastoral...

_ É verdade ou “mbandalho”?

terça-feira, março 09, 2010

ESTÁ DIFÍCIL ABASTECER GERADORES EM LUANDA

É noite em Luanda. Em cada esquina, em cada quintal ou terraço há uma máquina barulhenta que deita consideráveis quantidades de CO2 à atmosfera. São os geradores que há muito substituiram, na zona periurbana e até mesmo urbana de Luanda, a distribuidora de electricidade, enquanto fonte primária deste serviço.


Hoje por hoje, usando uma máxima desportista, "o atirar da toalha ao tapete", por parte de quem de direito, no que diz respeito à distribuição da energia electrica, ilustra de forma bem clara a tendência das coisas para o pior. É daí que temperados para enfrentar grandes sacrifícios, mesmo em tempo de carência financeira, os luandenses e angolanos em geral haviam consentido em iluminar as suas residências, conservar os seus bens de consumo perecíveis e informar-se graças à ajuda dos “fofandós”.

Tinham-se também habituado a ignorar o barulho de muitas máquinas ligadas em simultâneo, resistir à acção nefasta do CO2 e submeter-se ao elevado custo da gasolina, do óleo lubrificante e das manutenções preventivas e correctivas dos geradores, até que um “chico-esperto” decidiu lavrar uma engenhosa proibição da venda de gasolina, em recipientes, em todos os postos instalados no casco urbano (excepção seja feita à Viana onde a ordem não teve acolhimento), mesmo que sejam singulares, transpostados em viaturas e com o fito único de alimentar os depósitos das agora transformadas em “fontes primárias de electricidadede” no país.

Com esta proibição, fecham-se serviços e pequeas indústrias que funcionem à base de geradores eléctricos de pequeno e médio porte. Priva-se também os cidadãos do pleno usufruto do direito a uma vida urbana e sadia (com direito à informação e lazer).

Sugerir que se levem os geradores de energia eléctrica aos postos de abastecimento de combustíveis ou que se desmontem os seus depósitos para serem enchidos nas "bombas" é, a meu ver, o cúmulo do absurdo. E é o que acontece pela cidade capital, quando que andando pelas ruas, cuzamos com centenas e centenas de carrinhas e ciclomototores carregados de comustível para a revenda na candionga realizada nas barbas dos agentes da ordem económica e das demais autoridades.

Que se indiquem os locais onde os moradores da cidade possam bastecer os seus recipientes ou que se dê energia eléctrica de qualidade e quantidade, cuja limitação seja apenas pelo poder aquisitivo, e que nos façam esquecer o incómodo barulho dos geradores nos terraços e outras dependências dos edifícios urbanos... Ou então um dia veremos nas ruas da Marginal, Direita de Luanda, Ho-Chi-Mim e outras nascerem pontos clandestinos de revenda de combustível, à semelhança do que acontece pelos musseques, o que seria muito mau para a imagem dum país que se publicita como dos melhores, aos quatro ventos.

sexta-feira, março 05, 2010

O SOFRÍVEL SERVIÇO EMERGENCIAL DUMA CLINICA PRIVADA DO ALVALADE

É noite de terça-feira em Luanda. A Princesa de um casal de profissionais da media arde febril, acometida de uma doeça que ainda não sabem e precisam do sábio disgóstico dum médico e duma eficaz receita em termos de profilaxia.

O casal decide deixar Viana, onde ainda não há clínicas na rede das seguradoras, e rumar para uma certa Privada ao Alvalade, na zona urbana da cidade. Tal como esse casal que busca pela saúde da filha, uma trintena de outros (im)pacientes aí se dirigiram em emergência, saídos de outros locais próximos e distantes. Grande parte dos que esperavam ser recebidos de forma emergencial, dadas as debilidades apresentadas viram a sua paciência esgotar num tratamento pior do que aquele dispensado numa consulta de rotina em hospital público.

O ambiemte tornava-se cacada vez mais pesado. Várias crianças respiravam por um fio. Havia feridos em acidentes de estrada e outros casos de relativa prioridade.

Para atendê-los apenas uma médica, dois auxiliares enfermeiros, uma analista, um maqueiro e nada mais. Embora os (im)pacientes e familiares tivessem pago as consultas ao valor emergencial (USD 100), a pachorra era enorme e nada de célere se passava. Muitos dos que chegavam pelos proprios pés, e mais atrasados do que outros trazidos às costas, eram chamados de imediato e sem que se explicasse o porquê. Eurodescendentes e uns "bem-parecidos" eram priorizados ao passo que à maioria nem uma palavra de compaixão recebiam, na ausência duma aspirina que lhes acalmasse a febre ou dum outro analgésico que fizesse frente à febre. E foi nesse clima que a recepcionista em serviço, tal qual guardiã duma profissão autosuficiente, ainda teve tempo para desabafar à reclamação duma senhora aflita com o filho ao colo: “Dona não vale apena só se irritar com a demora. Vais voltar sempre aqui...”.

Perante a situação dois foram os caminhos: uns abandonaram a Clínica e se desconhece o desfecho, enquanto outros aguardaram das dezanove a uma da manhã, ou mais tarde, para lhes ser passada uma receita médica cujos remédios seriam adquiridos algures na cidade escura, já que a farmácia da Clínica nem sequer metade dos remédios passados pela médica possuia.

segunda-feira, março 01, 2010

DE OLHO NA ENGRENAGEM (4)

O processo de destruição dos ecossistemas naturais em larga escala tem uma série de consequências socio ambientais negativas.

A importação de tecnologia obsoleta e altamente poluidora. A instalação de indústrias que funcionam ainda à lenha lançando para a atmosfera consideráveis quantidades de CO2. O abate desenfreado de árvores para a obtenção de lenha e carvão vegetal. O abate de árvores para a exploração de recursos minerais sem a consequente compensação (destruir num sítio e replantar noutro). A contaminação de águas fluviais, subterrâneas e marítimas bem como dos solos agricultávies. A instalação de pedreiras e outras indústrias poluidoras ligadas à construção civil junto a conglomerados humanos, a destruição de árvores para fins múltiplos sem a consequente re-arborização e ou compensação, entre outros, podem constituir-se em acções perniciosas ao futuro da humanidade. Daí que surge no dicionário moderno um novo vocábulo: ecossídio que é o aniquilamento do ecossistema.

Basta olhar para as nossas árvores quase sem pássaros neles a contarolar; as nossas matas sem fauna e os nossos rios e mares quase sem cardumes, para levarmos a mão à consciência ambiental e começarmos a reduzir o que esbanjamos, reaproveitar o máximo possível, reutilizar o máximo possível e repor ou compensar naquelas áreas em que é possivel regenerar.

Antes que o mar comece a rejeitar os detritos que nele todos os dias fazemos desaguar, e estes se voltem contra nós, é preciso rever a nossa conduta e encontrar meios expeditos de tratamento das águas e outros detritos residuais.

Antes que as florestas se tornem desertos, criando-se em todos os cantos ravinas que ameacem as nossas casas, antes que as terras se ressintam do permanente uso inadequado, antes que os rios se ressintam dda contínua poluição das águas pensemos no que herdamos e no que deixaremos como herança dos nossos filhos.

Uma das mais recentes iniciativas dos países industrialmente avançados para minimizar este impacto com a participaçao de todos, tem sido a implementação de políticas públicas que envolvem a participação da comunidade. Esta participação tem trazido resultados no campo social e de construção de processos políticos muito superiores a outros modelos organizacionais de perfil tradicional, como os burocráticos e os paternalistas clientelistas.


Publicado pelo Semanário Económico (Angola) de 11/02/2010
* lcanhanga@hotmail.com