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terça-feira, março 16, 2010

DESENVOLVIMENTO E SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

Sábado, 13.03.2010. Partida em Luanda e destino uma aldeia interior da Sanga, passando pela EN120 que nos leva ao Huambo. O local é muito próximo de Kalussinga (Andulo), o que me permitiu ouvir notícias divertidas da Rádio Bié contadas em Umbundu.

A estrada está completamente asfaltada e também com novos buracos que já reclamam por uma manutenção oportuna. Os incidentes e acidentes estão sempre presentes em toda a extensão da rodovia  EN120 (perto de 400Km).

Desta vez decidi registar apenas os acidentes que mais chamaram à atenção, ou seja, aqueles que pela sua imprevisibilidade e "chocabilidade" tornaram-se dignos de reportagem fotográfica.

A casa verde que se vê no topo foi uma instalação da Junta de Estradas (no tempo colonial), usada depois pelos serviços de manutenção de estradas do MCH (Ministério da Construção e Habitação) e foi transformada agora em restaurante pelo antigo governante Higino Carneiro. O Local chama-se Bica d'água (pinga d'água no linguajar dos nativos) e fica entre as aldeias de Katoto e Pedra Escrita. A descida é de declive acentuado (10%) e tida historicamente como de grande perigosidade. O estacionamento no local para quem desce é dificil, senão mesmo impossível, e a falta de precaução dos automobilistas no local tem resultado  em muitas mortes.
Em baixo vemos várias viaturas acidentadas, duas delas (brancas basculantes) pertencentes a uma empresa de construção. Um camião carregado de ginguba (amendoim), feijão e outros produtos agrícolas tinha cidentado de véspera e para além de ter derramado óleo sobre o pavimento, o pisotear de outros carros sobre a ginguba e feijão fez provocou um lodaçal que deslizava sobre o asfalto também molhado pela chuva vespertina daquele dia. Resultado: outros acidentes em cadeia como o que a imagem regista.

No território do Wako-Kungo um outro "fantástico" registado na picada que liga a Aldeia 5 do Projecto Aldeia Nova à Comuna da Sanga.  O local fica entre 10 a 15 quilómetros de picada adentro, num ponteco precário o camião que a foto mostra acabou por "encalhar". Era tão estreita a passagem que a terra cedeu à passagem do VOLVO carregado de carvão vegetal. Resultado: ninguém mais pôde passar, a menos que fosse com muito jeito e arrojo (foi o meu caso com uma Hilux).

Um outro facto devia ter merecido a captação da correspondente imagem: a venda de "kupapatas" (motorizadas) em pleno interland. Facto curioso é que para além das 5 motorizadas expostas à beira da picada nenhum outro produto industrial ou agrícola estava à venda naquela aldeia do interior do Wako-Kungo, a caminho da comuna da Sanga.

De regresso a Luanda, bem próximo, ao quilómetro 30, dois ligeiros colidiram. Resulatdo: cinco mortos, um deles marido de minha sobrinha...    

2 comentários:

Anónimo disse...

estradas sem sinais d trânsito
falta de controlo d alcoolemia
falta de inspecçao dos carros
é a soluçao.

Anónimo disse...

estradas sem sinais d trânsito
falta de controlo d alcoolemia
falta de inspecçao dos carros
é a soluçao.