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domingo, outubro 02, 2011

QUEM TRAVA A FOME INSACIÁVEL DOS FISCAIS de LUANDA?

Estou em Luanda (27-09), circulando na rua que liga o Golfe II ao Kimbango. Numa carrinha cinzenta, de marca Land Cruiser, (só não cito a matrícula para não comprometer as pessoas) vejo homens vestidos vestidos de farda verde (já muito gasta pelas lavagens), farda castanha (com a inscrição Fiscalização) e outros de farda azul escura (que parecem pertencer a um dos ramos da polícia nacional).  A única senhora vestida de colete castanho estaá sentada no centro da caixa e os homens cuidava das laterais. Sãotantos que a carrinha, apesar de nova, geme de peso e vê-se inclinada para trás.

Os homens andam fora da estrada, ou seja, no espaço de terra batida, entre a estrada esfaltada e o passeio(?) onde as zungueiras (vendedeiras de rua) fazem o seu habitual wenji (negócio) para sustentar os "tumbonga" (filhos) lá em casa.

De vez em vez, os homens paravam, descia um homem descontraído enquanto outros miravam a presa. O primeiro aprumava posição de ataque (corrida às senhoras vendedeiras) enquanto outros desciam da carrinha e, simplesmente, se apoderavam dos pertences alheios.

Se é verdade que não se deve fazer das ruas, esquinas e pontes de Luanda auténticos mercados e feiras ambulantes, como acontece com as passagens superiores transformadas em "kitandas", também é bem verdade que não se conhece nenhum depósito para essas imbambas (coisas) sorripiadas às transgressoras vendedeiras.

Daí que o meu apelo vai para o reforço da vertente educativa e a indicação de lugares apropriados para as feiras que, aliás, existem por tudo quanto é mundo moderno.

E, já agora, quem me pode dizer para onde vão as coisas (comidas, roupas, bikinis de fio dental, missangas, etc., etc.) que os fiscais e polícias recebem dos zungueiros?

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