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segunda-feira, outubro 21, 2013

KANA KUDIBETA

A língua que se fala nas duas margens do Kwanza (do Médio ao Baixo) é de mesma raiz, ambundu.
Kana kudibeta significa, em português, não lutem.
 
Pedra Escrita: Munenga, Libolo, K-Sul, Angola
Soube que na partida pontuável para os 8ºs de final da Taça de Angola, houve rixa entre adeptos, depois do jogo entre o Porcelana do Kwanza- Norte e Recreativo do Libolo do Kwanza-Sul. Igual comportamento dos adeptos do Porcelana já tinha sido notificado no jogo da 1ª volta do Girabola, realizado no Estádio dos Dinizes (Ndalatando).
 
As informações que tenho apontam que os adeptos do Porcelana terão digerido mal, ainda dentro do campo, o resultado do jogo da taça em que os donos-de-casa foram eliminados por 0-1, daí terem partido para insultos e actos de violência gratuita contra os libolenses.
 
Os kwanza-nortenhos terão dito que "os libolenses (súbditos de Ngola como eles) eram "escravos", pois não eram ambundu nem ovimbundu"...  Isso levou, segundo o correspondente da Rádio Cinco, no Sumbe, Neto Makandumba, a ajuste de contas no jogo da 28ª jornada do Girabola.
 
Os adeptos do Recreativo do Libolo, segundo ainda Neto Makandumba, não lutaram dentro do recinto de jogos mas protagonizaram "actos de desforra" ao apedrejar o autocarro do Porcelana e impedindo que se fizesse à estrada de regresso a Ndalatando.
 
"Bloquearam as estradas da Munenga e da Kabuta e o autocarro só pôde sair de Kalulo às 18 horas, sob escolta da polícia e pela estrada de terra batida Luati-Lussusso-Munenga-Dondo. Tiveram de dar volta à revolta".
 
Contados os factos, esses "bilos" entre os adeptos do Porcelana e do Rec.  Libolo  estremeceram comigo.  Essas gentes precisam de mais informação e formação. Os media devem cumprir o seu papel educativo. As rádios de Ndalatando, Kambambe e Sumbe têm de educar os amantes do futebol, os adeptos que fazem bem ao futebol, quando bem comportados e educados.

Sei que  o Recreativo não está no Girabola de passagem e, pelo que me parece, o Porcelana renova a estada no campeonato maior de futebol angolano. Essas equipas hão-de cruzar mais vezes em 2014. É preciso pôr termo a essas rixas e explicar que as lutas entre claques em nada dignificam os nomes dos emblemas que defendem, muito menos solidifica o Projecto de Nação em curso no país. 
Que o futebol seja elemento aglutinador entre angolanos e não dissuasor.
 
Aproveitando o momento: para mim fazia mais sentido o Libolo ter uma rádio das supostas "comunitárias" do que Viana, Cacuaco e Cazenga, em Luanda.
Para além do Café e agora do vinho made in Libolo, o município tem Futebol e Basquetebol de primeira divisão que tornam a circunscrição um roteiro obrigatório.
 
Teremos de esperar que Higino Carneiro seja Ministro da Comunicação ou da Propaganda?
 
 

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