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terça-feira, janeiro 12, 2016

NA ROTA DO PORTO PESQUEIRO DO AMBRIZ

Seis de Dezembro, dia de chuva fechada com pequenos intervalos de zonas ainda secas e por molhar em momentos que se seguiam.
O ponto de partida é Mbanza Kongo e o destino é Mbanza Ngola (Luanda, a capital de Angola).
Depois do Ambriz, em direcção à Barra do Dande, um letreiro indica para a direita "Porto Pesqueiro". Não há dúvida. Para os menos alfabetizados está também a representação gráfica de um peixe. A tabuleta indica que são 3 km de picada.
Entre o receio de ficar atolado, pois era dia de chuva farta e conduzia  um carro sem tracção a 04 rodas, o espírito  de aventura falou mais alto.
Entre curvas, lombas e algumas poças de água, transpondo também a relva que invade o eixo central da picada, lá chegamos ao "Porto". Na costa, nenhuma alma pescadora.
Buzino para despertar a atenção de quem podia estar por perto e surge um agente da polícia (calculo que da Guarda Fronteiriça ou Marítima) que me explica:
- É ainda um projecto de Porto Pesqueiro e nós estamos aqui para manter a inviolabilidade das nossas fronteiras. Sabes, como é a situação das entradas pela costa, né!
Agradeci sem mais perguntas. Ameaçava o bis da chuva que gotejava miúda. Fiz "QRF" de volta à EN100 e decido comprar o peixe na Barra do Dande, onde o seco estava à mostra mas o fresco extremamente escasso. Pelo caminho uma seixa e um braço de javali para contar a estória da viagem à mesa da sala de jantar.
O calulú fica para depois. Quem sabe uma busca pelos lados de Benguela Velha (Porto Amboim)!

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